Historicamente, o “carnevale”tem suas origens em festas pagãs da Grécia e de Roma, que expressavam sua idolatria a falsos deuses: a Saturno (as saturnálias) e a Baco (as bacanais). A partir de 590 d.C., a Igreja Católica Romana, que já era a religião oficial do Império Romano, procurando encampar esta festa pagã, assume oficialmente a sua comemoração. Ironicamente, o carnaval faz parte oficial do calendário romano, sendo feito sempre 47 dias antes da Páscoa, para dar tempo aos seus fiéis que“pulem” o carnaval, passarem pela Quarta Feira de Cinzas (depois da Terça Feira“gorda”) e pelos 40 dias de penitência da Quaresma, procurando mortificar a carne e se prepararem para participar da Semana Santa. Então, a seguinte mensagem é passada para a maioria dos brasileiros: você pode fazer o que quiser no carnaval, desde que depois participe dos rituais e sacramentos para sua pseudo purificação.
Como diz a conhecida musica: “Fevereiro tem Carnaval”. Tem também milhares de mortes violentas nas estradas, muita promiscuidade, bebedeiras, estupros, homicídios e toda a sorte de violência, mas, todo ano, a história é a mesma: a festa atrai turistas, anunciantes, mídia e… problemas, muitos problemas. Depois do samba, a cidade não acorda apenas com suas esquinas mais sujas pelas partes de carros alegóricos e fantasias abandonadas nas ruas. A violência sexual contra crianças e exploração comercial de adolescentes também aumentam, e muito, nesses dias. Só que isso não aparece nas luzes da avenida. Nos cartórios de todo país, depois de nove meses, também aparecem o registro de milhares de crianças apenas com o nome da mãe.
O carnaval (valor da carne) é uma invenção do maligno. Foi criado para que as pessoas se sintam desobrigadas de manter seus escrúpulos religiosos e morais, e dêem vazão às paixões da sua natureza degenerada, cometendo toda sorte de abominações embaladas por músicas cada vez mais sensuais.
Que absurdo!
Jefferson Martins
Pastor da Igreja Evangélica de Peruíbe