Texto bíblico: Gênesis 41:45, 50-52

José, bisneto de Abraão, neto de Isaque e filho de Jacó, viveu no Egito por volta de 1.900 antes de Cristo, desde os 17 até os 120 anos, quando morreu. A essa altura as famosas pirâmides do Egito já haviam sido construídas, inclusive a Grande Pirâmide (com mais de 2 milhões de blocos de pedra que pesam em média mais de duas toneladas cada um).

Antes de ser filho de Jacó e Raquel, José era filho da oração. Está escrito que Deus se lembrou de sua mãe e “ouviu a sua oração e fez com que ela pudesse ter filhos”. Então Raquel engravidou, deu à luz a José e mostrou-se agradecida ao dizer: “Deus não deixou que eu continuasse envergonhada por não ter filhos” (Gn 30:22-23).

O que mais tem chamado a atenção dos leitores da Bíblia quanto à história de José são a túnica talar, a inveja de seus irmãos, a venda de José para os ismaelitas, as investidas sexuais da mulher de Potifar, o sucesso de José na casa de Potifar, no cárcere e na governança do Egito, tanto no período das vacas gordas quanto no período das vacas magras, e a generosidade de José com o pai e os irmãos.

Enquanto o ministério de Moisés, 430 anos depois (Êx 12:40-41), foi tirar o povo de Israel do Egito, o de José foi trazer os patriarcas para o Egito, ambos os acontecimentos dentro dos planos de Deus.

A história de José e a história de Jesus têm muito em comum. Ambos foram vendidos por pessoas muito chegadas, começaram seus ministérios com 30 anos de idade e tiveram seus momentos de muito choro. José era resiliente! Resiliência é uma definição emprestada da física (propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original depois de sofrer pressão) para descrever pessoas resistentes, que têm capacidade de lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos, não ceder à pressão, se reerguer. José é um bom exemplo de resiliência!

Se Deus estava sempre com José era porque José estava sempre com Deus. De fato, ele era “como árvores que crescem na beira de um riacho, que dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham”. (Sl 1:3)

Ao nascer seu primeiro filho, José pôs nele o nome de Manassés e esclareceu: “Deus me fez esquecer todos os meus sofrimentos” (Gn 41:51). Quando nasceu Efraim, o filho seguinte, ele voltou a se lembrar de Deus e tornou a esclarecer: “Deus me fez próspero na terra dos meus sofrimentos” (Gn 41:52).

Toda vez que José olhava para Manassés, ele lembrava que deveria esquecer toda a sorte de injustiças praticadas contra ele. “Não permita que o pior do seu passado te impeça de viver o melhor do seu presente”. É importante nos lembrarmos do passado, mas não se esqueça que você vive no presente.

Toda vez que José olhava para Efraim ele lembrava que a graça de Deus sempre esteve presente em sua vida, mesmo em situações de aparente sofrimento. “Não permita que o melhor do seu presente te faça esquecer de onde Deus te tirou”.

Talvez Paulo tenha se inspirado no patriarca José, quando disse: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante” (Fp 3:13). Que Deus nos abençoe!

Pr. Jefferson MartinsIgreja Evangélica de Peruíbe