O PERIGO DAS RIQUEZAS – Mateus 19:16-24

Então Jesus disse aos discípulos: “Digo-lhes a verdade: Dificilmente um rico entrará no Reino dos céus. (Mateus 19:23)

As Escrituras Sagradas sempre nos advertiram mais sobre o perigo das riquezas do que da pobreza. O dinheiro pode nos trazer alguns benefícios, mas com certeza traz consigo uma enormidade de malefícios para o ser humano. Na Bíblia, nós podemos encontrar uma quantidade enorme de pessoas que se perderam por causa do dinheiro. Reis, patriarcas, profetas, sacerdotes, guerreiros, servos e até apóstolos foram levados ao cadafalso da vergonha e ao calabouço espiritual por causa do vil metal.

Jesus chega a dizer que “o engano das riquezas sufoca a palavra, tornando-a infrutífera.” (Marcos 4:19)

Geralmente, a pessoa que detém muitas riquezas torna-se avarenta (amante do dinheiro), não à toa o apóstolo Paulo alerta o seu jovem discípulo Timóteo que… o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos” (1 Tm 6:10). A soberba, a arrogância, a auto-suficiência, a sensação de poder e a não-dependência de Deus são apenas alguns dos terríveis males que a palavra de Deus nos aponta. Há aqueles que como Simão, sentem-se tão poderosos que pensam que o dinheiro pode comprar até a benção de Deus, porém, o apóstolo Pedro com ousadia disse-lhe a verdade: “Pereça com você o seu dinheiro! Você pensa que pode comprar o dom de Deus com dinheiro?” (Atos 8:20)

O mais maravilhoso de tudo isso é que Deus nos oferece a saciedade da sua doce e maravilhosa presença de graça e pela Graça: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. (Isaías 55:1).

Tristemente, vários grupos, principalmente os que têm maior visibilidade na mídia, estão cada vez mais comprometidos com essa teologia desconhecida da maior parte da História da Igreja. Ao defenderem e legitimarem os valores da sociedade secular (riqueza, poder e sucesso), e ao oferecerem às pessoas o que elas ambicionam, e não o que realmente necessitam aos olhos de Deus, tais igrejas crescem de maneira impressionante, mas perdem grande oportunidade de produzir um impacto salutar e transformador na sociedade brasileira.

Precisamos refletir sobre o amor ao dinheiro. Não se pode servir a dois senhores; não se pode servir a Deus e às riquezas (Mateus 6:24). Pode parecer “lugar-comum” concluir com este provérbio popular, mas realmente o dinheiro não traz felicidade, tampouco o consumo que ele proporciona. Deus tem para nós prazeres muito mais verdadeiros, alegrias muito mais duradouras. Felicidade plena e profunda que só poderemos alcançar buscando primeiro o Reino de Deus (Mateus 6:33), vivendo uma vida de comunhão íntima com o Pai, rica do amor de Cristo.

Jefferson Martins – Pastor da Igreja Evangélica de Peruíbe